Carreira

A ilusão da perfeição

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Apesar de sabermos intelectualmente que a perfeição é impossível, diversas vezes, por diversos motivos, nos vemos atuando com expectativas elevadas em relação ao nosso desempenho, prejudicando nossa qualidade de vida e até impactando nossa felicidade, quando não conseguimos ser felizes se tudo não estiver perfeito.

As pesquisas apontam que a falta de autoconfiança feminina acaba por deixar as mulheres mais propensas que os homens a serem perfeccionistas e sugerem que o comportamento tem sua base numa crença que diz: “se nossa vida for perfeita, conseguiremos minimizar ou evitar o sentimento de culpa e as críticas”. Perfeccionismo é um medo de sermos vistas pelo que realmente somos, um escudo que carregamos pensando em nos proteger, quando, na verdade, é o que nos impede de decolar, pois dificulta o sucesso.

O comportamento perfeccionista pode levar a “síndrome do impostor”, comprometer a criatividade, levar a procrastinação, gerar problemas de relacionamento, trazer dificuldade para tomada de decisões, estimular a compulsão pelo trabalho e acabar por funcionar como um vilão à progressão de carreira da mulher.

Mesmo em meio a tantas consequências negativas, a mídia do universo feminino ainda dissemina a ideia da perfeição em casa e no trabalho, portanto, vale refletirmos quanto a possibilidade de o comportamento perfeccionista estar interferindo negativamente em nossa vida pessoal e profissional: Como identificar o padrão de comportamento perfeccionista em si ou em sua equipe? O que pode ser feito para minimizar os seus efeitos?

Dicas de leitura sobre o tema:

It’s Not You, It’s Science: How Perfectionism Holds Women Back. Jessica Bennett, 2014. Disponível em: < http://time.com/70558/its-not-you-its-science-how-perfectionism-holds-women-back/?iid=sr-link1>

BROWN, Brené. A Coragem de ser Imperfeito. Rio de Janeiro: Sextante, 2013.

BROWN, Brené. A Arte da Imperfeição. Ribeirão Preto: Novo Conceito Editora, 2012.

DOMAR, Alice. Você pode ser feliz sem ser perfeita. Rio de Janeiro: Sextante, 2010.

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Síndrome do Impostor

Também conhecida como Síndrome da Fraude, tem sido amplamente debatida no mundo profissional feminino. O termo foi cunhado em 1978 pelas psicólogas Pauline Clance and Suzann Imes para descrever o que haviam encontrado em um alto número de mulheres bem sucedidas: o medo ou a crença de não serem merecedoras de seu sucesso. Os estudos recentes apontam que homens e mulheres têm propensão a este fenômeno, no entanto as mulheres são mais suscetíveis a senti-la com maior intensidade.

Sheryl Sandberg frequentemente tem alertado: “Múltiplos estudos em múltiplas áreas mostram que as mulheres costumam julgar seu desempenho pior do que ele realmente é, enquanto os homens julgam seu desempenho melhor do que realmente é”.

Estando nesse contexto, se torna fundamental para mulher, buscar mecanismos que aumentem sua autoconfiança, assim como, pautar-se nas evidências reais de suas conquistas para não atribui-las aos fatores externos como a “sorte”.

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