Felicidade

Vida com Propósito – Minha Opinião para o Jornal O Dia

Rio – Quando o assunto é bem-estar, precisamos estar atentos quanto ao que estamos perseguindo em nossas vidas. Necessitamos identificar e perseguir objetivos que sejam prazerosos e tenham um significado que nos proporcione sentido durante todas as etapas do processo até seu alcance final. Assim, podemos aproveitar a ‘jornada’ tanto quanto a chegada ao ‘destino’.

Algumas pessoas não aproveitam sua jornada, seu dia a dia no trabalho, pois vivem em função dos picos de alegria que sentem ao atingirem suas metas, promoções, aumentos e bônus. Para amenizar o vazio, alguns buscam prazeres hedonistas da vida, que até preenchem, mas em curta duração.

Os conceitos da nova ciência da felicidade, a Psicologia Positiva, apontam que é necessário estabelecer objetivos autoconcordantes, ou seja, objetivos com profunda convicção e interesse pessoal, ligados aos nossos valores autênticos.

Uma forma de iniciar é refletir sobre si mesmo, adquirir visão de futuro e comparar se está alinhada com seus propósitos, valores e o legado que pretende deixar para o mundo.

Ao adquirir uma visão de futuro significativa e aspirações alinhadas, cessamos o desperdício de tempo em atividades sem significado para investir no que realmente importa, pois é possível distinguir melhor entre o que “achamos que deveríamos ter” e os valores autênticos que são realmente próprios e farão grande diferença na vida.

Diante disso, é necessário traçar objetivos que possam ser desdobrados em metas para diversas áreas da vida, considerando aspectos como autenticidade, aproximação, experiência e harmonia.

Autenticidade significa que os objetivos serão recompensadores se estiverem alinhados com a personalidade de cada pessoa. Já a aproximação ajuda a estabelecer o olhar positivo ao definir cada meta. A experiência é necessária para traçar objetivos que remetem a tarefas, uma vez que permitem experimentar novos desafios e ter novas oportunidades. Por fim, a harmonia significa que os objetivos devem ser complementares e ter afinidades entre si, caso contrário poderão levar ao estresse e infelicidade.

Gerenciar as metas é fundamental. Considere pensar sobre os eventuais contratempos que possam existir, e planejar alternativas para possíveis obstáculos e formas. Celebre as pequenas conquistas diárias, até mesmo registrando, se preferir. Dessa forma, auxilia na formação da memória de sucesso e, consequentemente, na autoeficácia e no otimismo futuro.

Renata Abreu é especialista em programas de desenvolvimento humano com a ótica da psicologia positiva
Vida com Propósito: Jornal O Dia

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A ilusão da perfeição

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Apesar de sabermos intelectualmente que a perfeição é impossível, diversas vezes, por diversos motivos, nos vemos atuando com expectativas elevadas em relação ao nosso desempenho, prejudicando nossa qualidade de vida e até impactando nossa felicidade, quando não conseguimos ser felizes se tudo não estiver perfeito.

As pesquisas apontam que a falta de autoconfiança feminina acaba por deixar as mulheres mais propensas que os homens a serem perfeccionistas e sugerem que o comportamento tem sua base numa crença que diz: “se nossa vida for perfeita, conseguiremos minimizar ou evitar o sentimento de culpa e as críticas”. Perfeccionismo é um medo de sermos vistas pelo que realmente somos, um escudo que carregamos pensando em nos proteger, quando, na verdade, é o que nos impede de decolar, pois dificulta o sucesso.

O comportamento perfeccionista pode levar a “síndrome do impostor”, comprometer a criatividade, levar a procrastinação, gerar problemas de relacionamento, trazer dificuldade para tomada de decisões, estimular a compulsão pelo trabalho e acabar por funcionar como um vilão à progressão de carreira da mulher.

Mesmo em meio a tantas consequências negativas, a mídia do universo feminino ainda dissemina a ideia da perfeição em casa e no trabalho, portanto, vale refletirmos quanto a possibilidade de o comportamento perfeccionista estar interferindo negativamente em nossa vida pessoal e profissional: Como identificar o padrão de comportamento perfeccionista em si ou em sua equipe? O que pode ser feito para minimizar os seus efeitos?

Dicas de leitura sobre o tema:

It’s Not You, It’s Science: How Perfectionism Holds Women Back. Jessica Bennett, 2014. Disponível em: < http://time.com/70558/its-not-you-its-science-how-perfectionism-holds-women-back/?iid=sr-link1>

BROWN, Brené. A Coragem de ser Imperfeito. Rio de Janeiro: Sextante, 2013.

BROWN, Brené. A Arte da Imperfeição. Ribeirão Preto: Novo Conceito Editora, 2012.

DOMAR, Alice. Você pode ser feliz sem ser perfeita. Rio de Janeiro: Sextante, 2010.

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Mindfulness como alternativa para redução do estresse

Na atualidade, muitos são os livros, artigos e documentários sobre mindfulness e seus benefícios respaldados por estudos científicos de vanguarda. Com a prática reduz ansiedade, depressão e irritabilidade, além de melhorar a memória, o vigor mental e físico. Considerada uma forma específica de atenção plena, segundo seus especialistas, com a prática regular pode influenciar a saúde e o bem-estar.

Sara Lazar, neurocientista do Massachusetts General Hospital e Harvard Medical School, foi uma das primeiras cientistas a analisar os efeitos da meditação no cérebro e relatou obter resultados expressivos em um de seus estudos onde utilizou indivíduos que nunca tinham meditado antes, e colocou-os em um programa de redução de estresse baseado em práticas mindfulness com duração de 8 semanas.

A cientista encontrou diferenças no volume cerebral em cinco regiões diferentes, incluindo o hipocampo esquerdo, que auxilia na aprendizagem, cognição, memória e regulação emocional e a redução da amígdala (responsável pela a ansiedade, medo e estresse em geral) que se correlacionou com uma redução nos níveis de estresse do grupo avaliado.

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O Cérebro e a Felicidade

As experiências cotidianas positivas têm o poder de transformar o cérebro e a vida das pessoas para melhor. Essa é a base do método desenvolvido e publicado por Rick Hanson em seu livro “O cérebro e a felicidade”.

Para desenvolver mais felicidade, este modelo prevê que além de vivenciar as emoções positivas é importante atuar para que estes estados mentais se tornem traços neurológicos. É preciso incorporar, ou seja, ativar uma experiência positiva e instalá-la no cérebro.

Tudo o que sentimos, percebemos, queremos e pesamos de modo frequente irá esculpir a nossa estrutura neural, pois estados mentais tornam-se traços neurológicos e dia após dia a mente vai edificando o cérebro.

Sinapses ativas tornam-se mais sensíveis, novas sinapses começam a se desenvolver numa questão de minutos, áreas ativas recebem mais sangue e genes no interior dos neurônios ligam ou desligam”. (HANSON, 2015, p.10)

É preciso tornar a incorporação das coisas boas um hábito constante na vida! A dica é iniciar de modo deliberado até que se torne automático.

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Sucesso e Felicidade

O indivíduo não precisa ter sucesso para ser feliz, mas precisa ser feliz para ter sucesso, segundo pesquisas realizadas por Shawn Achor.

A maioria dos indivíduos segue uma fórmula ensinada pela família e pela sociedade: se você se empenhar, terá sucesso e quando tiver sucesso será feliz. Com isso, o indivíduo tende a pensar: se pelo menos eu conseguisse aquele aumento ou aquela promoção finalmente seria feliz, se pelo menos tirasse mais uma boa nota seria feliz, se pelo menos perdesse mais cinco quilos finalmente seria feliz.

O efeito desta forma de pensar incorreta pode levar ao excesso de esforço e precisa ser invertido, ou seja, a felicidade precede o sucesso: “Esperar a felicidade restringe o cérebro para o sucesso, ao passo que cultivar a positividade estimula a nossa motivação, eficiência, resiliência, criatividade e produtividade, o que por sua vez, melhora o desempenho”.

The Happy Secret to Better Work

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É possível conciliar carreira e felicidade?

O que deveríamos fazer para melhor conciliar todas as dimensões em nossas vidas? Como atuar profissionalmente de forma alinhada aos nossos valores pessoais?

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